Revolução Industrial
O texto de Phyllis Deane trata da indústria algodoeira e da cronologia da inovação, falando sobre o desenvolvimento e as indústrias metalúrgicas. Aqui daremos ênfase na indústria algodoeira.
As principais razões do início da Revolução Industrial na Inglaterra foram:
• Possuía uma burguesia muito capitalizada em função dos lucros auferidos com as atividades comerciais da época mercantilista;
• Desde o século XVII, controlava a oferta de manufaturados nos mercados coloniais;
• Contava com um regime de governo (parlamentarismo) que favorecia o desenvolvimento capitalista. Desde a Revolução Gloriosa de 1688 os entraves mercantilistas haviam sido abolidos da economia britânica e o Estado, dominado pela burguesia, atuava no sentido de corresponder aos interesses dessa camada social;
• Possuía grandes jazidas de carvão e ferro, matérias-primas indispensáveis à confecção de máquinas e geração de energia;
• Concentrava abundância de mão-de-obra nas cidades, resultado do forte êxodo rural verificado na Idade Moderna. Nesse período, a lã inglesa conquistou um espaço considerável no mercado europeu e muitas das antigas propriedades agrícolas comunais transformaram-se em cercamentos, isto é, áreas cercadas de criação de ovelhas. Tal atividade, porém, demandava reduzido número de trabalhadores, expulsando a mão-de-obra excedente, que se dirigia às cidades. A grande oferta de mão-de-obra provocava seu barateamento e, conseqüentemente, reduzia os custos da produção industrial, ampliando os lucros.
5
O Processo da Revolução Industrial
O período de 1783-1802 conteve alguns desenvolvimentos significativos nas indústrias siderúrgicas e algodoeiras, como o frenesi da construção de canais, aceleração nos encerramentos e no crescimento demográfico (sendo que tais acontecimentos haviam começado antes de 1783 e seu auge foi num período superior a 1802) e o desenvolvimento mais significativo foi a elevação no volume do comércio internacional, tanto nas