Revolução Industrial
A Revolução Industrial transformou a realidade das pequenas fábricas artesanais de produtos em grandes indústrias de fabricação em massa. Com ela vieram as máquinas e com as máquinas a necessidade de mão de obra, de trabalhadores capazes de operá-las. Aos poucos esses operários foram se transformando em máquinas, considerados apenas uma extensão da engrenagem que operavam.
Mas as inovações tecnológicas apresentaram uma nova e revolucionária realidade: a máquina substituindo o homem. Uma mesma máquina é capaz de produzir com maior velocidade e eficiência o que meia dúzia de operários possuía capacidade para produzir. Seja na agricultura, nas fábricas de automóveis, por exemplo, ou na construção civil, aos poucos necessita-se menos de mão de obra humana para a produção. Máquinas operam máquinas e os poucos seres humanos que ainda são necessários, precisam estar altamente qualificados, aprendendo e atualizando-se constantemente para acompanhar a constante mudança que a tecnologia de ponta impõe.
Uma das consequências negativas do avanço tecnológico e da substituição da mão de obra humana pelo trabalho de máquinas e equipamentos é o fechamento de várias frentes de trabalho. Uma única máquina, utilizada para quebrar concreto e derrubar paredes, faz o trabalho que provavelmente demandaria em torno de vinte operários para ser realizado com a mesma eficiência e no mesmo espaço de tempo. Levando-se em conta que um único homem opera esta máquina e consegue dar conta do serviço, supõe-se que outros dezenove operários estão dispensados. Isto é: menos dezenove empregos diretos deixaram de ser produzidos.
As consequências sociais do desemprego são conhecidas: aumento da população ociosa, da ansiedade e do estresse, trazendo mal-estar social e diminuindo a qualidade de vida das pessoas, como indivíduos e/ou grupos; aumento do número de trabalhadores informais e não remunerados, sem