Revolução industrial e sociologia
Nesse processo teve particular importância a Revolução Francesa (1789), que concorreu para a ascensão da burguesia ao poder e para dar maior visibilidade aos problemas e conflitos sociais.
A Revolução industrial introduziu a máquina a vapor no processo produtivo, reorganizou o trabalho manufatureiro de forma radical, destruiu o artesão independente, introduziu a fábrica moderna e criou uma nova classe de trabalhadores: o proletariado, ou classe operária, concentrando sobretudo em grandes unidades industriais. Esse processo provocou muitas mudanças, como o crescimento das cidades, a concentração de centenas de milhares de trabalhadores em bairros industriais e a degradação das condições de vida do trabalhador. Até o fim do século XIX, as jornadas de trabalho na indústria européia giravam em torno de catorze ou dezesseis horas por dia. Não havia descanso remunerado, como hoje, nem férias, nem aposentadoria. Como observa Carlos Martins “as conseqüências da rápida industrialização e urbanização levadas a cabo pelo sistema capitalista foram tão visíveis quanto trágicas: aumento assustador da prostituição, do suicídio, do alcoolismo, do infanticídio, da criminalidade, da violência, de surtos de epidemias de tifo e cólera que dizimavam parte da população, etc.” (MARTINS, CARLOS B. op. cit. p. 13-4) Desse modo com as mudanças ocasionadas pela Revolução industrial, diversos pensadores começaram a refletir sobre os novos fenômenos sociais: “A sociologia constitui em certa medida uma resposta intelectual às novas situações colocadas pela Revolução