Revolução dos Cravos O regime salazarista representou um período de extrema repressão política em Portugal. Inspirado nos ditames dos regimes totalitaristas italiano e alemão, essa ditadura dominou o cenário político português por mais de quatro décadas. O governo, instituído por Antonio de Oliveira Salazar, sofreu um forte movimento de oposição com a sua morte em 1968. Salazar foi substituído por Marcelo Caetano, que tomou as primeiras medias em favor do fim do governo ditatorial. Sob regime ditatorial, o governo português imprimiu forte resistência contra os movimentos de independência que eclodiram em suas colônias africanas. É valido lembrar que, após a Segunda Guerra Mundial, diversas colônias do mundo inteiro obtiveram sua independência depois que as grandes potências lutaram contra a opressão nazista. Era possível que nações que defendiam a liberdade na Europa mantivessem seu domínio sobre colônias espalhadas na Ásia e na África. Ao longo dos anos de 1960, tropas portuguesas foram enviadas para conterem revoltas em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Na década seguinte, a crise econômica e os desgastes com os conflitos coloniais deram condições para a organização de um movimento golpista no interior das Forças Armadas lusitanas. No dia 25 de abril de 1974, oficias de média patente conseguiram organizar a derrubada de Marcelo Caetano, sucessor de Antonio Salazar. A vitória dos oficias rebeldes foi comemorada por toda população portuguesa que, em sinal de apoio, distribuiu cravos aos soldados participantes da revolução. Por causa dessa manifestação, o fim da ditadura portuguesa ficou conhecido como a Revolução dos Cravos. O novo presidente António de Spínola aboliu a polícia política de salazarista e legalizou o sistema político pluripartidário. Nesse momento, as esquerdas do país se organizaram para tomar o poder. Políticos e militares de esquerda tomaram o poder por meio do chamado Movimento das Forças Armadas (MFA). O governo foi