Revolução dos bichos
A obra de George Orwell narra a história dos bichos da Granja Solar, que sofrem maus-tratos pelo proprietário, o alcoólatra Sr. Jones. Com a intenção de acabar com a “vida ruim”, são liderados pelo idealismo do porco Major a planejar uma revolução de libertação. Esta tinha como princípios uma ilusão de igualdade e respeito entre os animais, e um inimigo: o homem e todos os seus costumes. A revolução tem início e Sr. Jones é expulso da fazenda. As classes simples, os animais, tomam posse. Major morre três dias depois, e a liderança continua feita por um grupo de porcos, classe intelectual, por sua vez, dominante.
Como os outros animais não sabiam ler e era a classe “operária” e ignorante, um dos porcos, Bola-de-neve, promove e esclarece o idealismo e princípios da revolução para aqueles, por meio de discursos, e leitura dos mandamentos (os ideais revolucionários e igualitários) que estavam escritos numa parede.
Os demais porcos, Napoleão e Garganta, entendendo que a “população” era ignorante, passam a alterar os mandamentos, em favor de privilégios para si próprios, e assim, traem a revolução e sua intenção original. Utilizam a escrita como uma forma de dominação e controle social. Afinal, os demais não podiam questionar ou entender perfeitamente o novo contexto e intenções de seus líderes, já que a escrita era entendida apenas por quem já detinha o poder.
Instaura-se então um regime autoritário, tendo Napoleão como figura central. Iniciam-se uma série de explorações – em termos de trabalho e obediência ao líder – contra os outros animais.
Para que o “povo” não se rebelasse e continuasse iludido nos ideais originais de libertação, Garganta constantemente promovia e divulgava promessas e publicidades centradas em Napoleão, venerado como um bom líder, “pai de todos os bichos”.
Bola-de-neve planejou a construção de um moinho de vento que diminuiria drasticamente a jornada de trabalho dos animais, porém precisariam trabalhar exaustivamente