Revolução dos Bichos

COLÉGIO MARISTA SÃO LUÍS

CATARINA EICK SIEBEN

REVOLUÇÃO DOS BICHOS

Santa Cruz do Sul
2014
Item A
RESENHA

Com uma fábula satírica e violenta, George Orwell nos traz, de uma forma não conveniente, uma alusão do que foi a Revolução Russa e o que é o ideal socialista. Romance escrito e lançado durante a Segunda Guerra Mundial, é considerado um dos melhores da Literatura Inglesa até hoje. Mesmo que lançado dentro de um outro contexto histórico, Revolução dos Bichos faz uma total sátira do que foi o regime de Stalin.
O autor usufrui de uma linguagem simples e de fácil entendimento, assim como a construção dos personagens é de fácil comparação com figuras históricas. Personalidades fortes e fracas, altos e baixos colabora para a maior absorção de ideia que o livro nos traz.
Assim como em 1984, Orwell utiliza termos criados por ele mesmo para uma melhor utilização na obra, como por exemplo o “duplipensar” e o “animalismo”. Nesta obra, o animalismo é uma alusão ao ideal socialista e a filosofia Marxista, onde, simplificadamente, os animais buscam democracia e autonomia, usando o pensamento de que “todos os animais devem ser iguais”.
A evolução de ideais, o desenrolar da história e o destino das personagens são pontos da estória que estão sempre interligados, a ação de um tem consequências na reação do outro, e assim por diante. Os porcos, após instalado o animalismo, deixam de lado as políticas e ideias e acabam tornando-se o reflexo do que repreendiam antes: os humanos. “Tudo que anda sobre duas pernas é inimigo”, porém após um tempo percebe-se que os porcos adquiriram essa “habilidade”, assim como “Nenhum animal dormirá em cama” e “Nenhum animal irá beber”, os porcos desobedecem suas próprias “leis” e, para amenizar isso, mudam a política animalista criando brechas para que possam usufruir daquilo que antes vos era proibido.
Os outros animais, que antes eram apenas uma massa alienada, começam a fartarem-se do