Revolução dos Bichos

Nesse livro, os animais se revoltam contra os humanos, porque são explorados. Então, os porcos organizam uma guerra contra os humanos e tomam o poder. No entanto, o porco-chefe começa a explorar os outros animais. Ele lança mão de dois artifícios: a vigilância e a violência dos cães contra os animais, e as ovelhas: massa de manobra que repete o tempo todo: “as maçãs são para os porcos.” Isso porque as maçãs são o alimento mais cobiçado pelos animais. Por isso, os porcos a tomam exclusivamente para si. Também temos o caso do cavalo, que quanto mais o governo dos porcos dava errado, mais e mais ele trabalhava, para ajudar a melhorar. A comparação aqui é com aqueles que a despeito dos governantes eleitos agem sempre do mesmo modo, egoístas e egocêntricos, continuam trabalhando corajosamente para que o Brasil progrida. Um dia o cavalo adoece, e os porcos resolvem mandá-lo para o matadouro, porque não estão dispostos a gastar com o tratamento e aposentadoria dele. Comparando com nossa política quando chega a hora de devolver ao povo que trabalha e paga impostos, o governo simplesmente começa a destratá-los, pagando aposentadorias miseráveis e oferecendo o pior tratamento de saúde.
Comparando novamente com o nosso sistema político, poderíamos entender que meia dúzia de pessoas decide o que é bom para todos (os porcos). Para isso, elas lançam mão de dois artifícios: a lei e a polícia, que exercem a função de controlar os que vão contra o sistema e criminosos em geral, e a mídia (ovelhas) que ficam repetindo o tempo todo a ideologia das classes dominantes: maçãs só para os porcos...daí, acreditamos e morremos por um sistema que nos explora.
Moral da história: De nada adianta as revoluções para mudar algo, porque o ser humano não muda, reclama quando não tem o poder e quando consegue tê-lo faz exatamente aquilo de que se queixava. O poder é droga, que sobe ao cérebro e danifica valores éticos e morais.