Revolução do pós papel
André Petry, ( Porto alegre), jornalista brasileiro, formado pela Universidade Católica de Pelotas, correspondente internacional da revista veja.
A sessão especial da revista veja, na edição de 19 de dezembro de 2012, trouxe uma matéria informativa para auxiliar na reflexão do processo de transição da cultura escrita para a digital. Trazendo uma cronologia comparativa dos avanços das técnicas de conhecimento ao longo da história, não exigindo assim, conhecimento prévio, visto que é discorrido de forma clara. A matéria que tem por título “A revolução do pós-papel”, mostra a maior radicalidade dessa transição, em comparação como a oral para escrita, evidenciando, que ambas causaram impactos cognitivos, e não foram motivadas por uma necessidade biológica e sim por estimulação social e pela economia. O que acaba por trazer a tona o medo antigo de Sócrates, de que os indivíduos pela facilidade de armazenamento de informações e leitura deixassem de exercitar à memória. E esse medo, vem se renovando, com o avanço tecnológico, e até mesmo pelo fato dos novos livros eletrônicos, trazerem uma versão enriquecida de alguns clássicos, que emitem sons de gritos e trovões à medida que o leitor avança nas páginas, tudo é acionado automaticamente. Não exigindo do leitor a capacidade reflexiva, o que Walter Benjamim chamou de “silencio exigente do livro”. Concluindo que a era digital, pode ser positiva, dependendo do modo como usarmos. O texto constitui uma sólida contribuição realista para reflexão do futuro de cultura escrita, que permitiu um salto intelectual de muitas civilizações, frente à mudança radical, abrupta, imposta por um sistema, que visa minimizar a criticidade, a fim de obter um maior público.
O artigo destinado aos leitores da revista veja, a nível acadêmico, pode servir também como apoio aos estudantes de comunicação no que toca, o estudo das