Revolução de 1930
A Revolução de 1930 se deu a partir do esgotamento da política do café-com-leite e da vontade de setores do Exército de instaurar um sistema eleitoral sem corrupção nem favorecimento político.
A crise dos anos 1920
A desintegração da política do café-com-leite foi acelerada com a eleição do mineiro Artur Bernardes (1875-1955) para a presidência da República, em 1922.
Durante o processo eleitoral, Bernardes teve vários desentendimentos com o marechal Hermes da Fonseca, que gozava de grande prestígio no Exército. O episódio mais marcante dessa desavença foi a publicação, pelos jornais, de cartas que ofendiam a honra de Hermes da Fonseca e eram supostamente assinadas por Artur Bernardes.
Mais tarde, descobriu-se que as cartas haviam sido forjadas. Entretanto, os jovens tenentes do Exército, já incomodados com a fraude eleitoral, passaram a se opor ao governo de Bernardes.
A insistência de Artur Bernardes em considerar o movimento operário um caso de polícia fez aumentarem as greves e os conflitos entre o governo e os trabalhadores, o que obrigou o presidente a governar a nação em estado de sítio (ou seja, com os direitos dos cidadãos suspensos) durante quase todo o seu mandato.
Além dos problemas relacionados à superprodução de café, contribuíram para o agravamento da crise política vivida por Artur Bernardes e pelas oligarquias estaduais o surgimento de vozes dissidentes oriundas do movimento modernista e do Partido Comunista (PC), que pregava a tomada do poder por meio de eleições, com o apoio do proletariado unido. Os dissidentes modernistas contestavam os valores da sociedade burguesa e oligárquica nacional, enquanto os membros do PC defendiam uma sociedade igualitária. A eleição de Washington Luís
De início, a eleição de Washington Luís (1926-1930) - político que nasceu em Macaé, no Rio de janeiro, mas mantinha bases políticas em São Paulo - para a presidência pareceu um resgate da cordialidade entre as oligarquias,