revolução de 1930
Conhecida como “café-com-leite”, esta política gerava descontentamento em setores militares, onde tem-se o primeiro movimento político e militar que marcará presença no cenário político nacional e influenciará nas decisões governamentais. Liderado pelos tenentes, e em menor número os capitães, o tenentismo surge como movimento de insatisfação militar diante dos problemas políticos, sociais e econômicos do país.
As reivindicações do movimento tenentista coincidiam com as reivindicações da classe média urbana. Criticavam o sistema eleitoral e as eleições, defendiam o voto secreto, reformas sociais e econômicas. O movimento tenentista tinha uma ideologia própria, bastante influente no meio militar, que propôs a ascensão dos militares ao poder na crença de que os civis eram incapazes de governar e solucionar os problemas do país.
Nas eleições de 1930, as oligarquias de Minas Gerais e São Paulo entraram em um sério conflito político. Era a vez de Minas Gerais indicar o seu candidato, mas os paulistas apresentaram a candidatura de Júlio Prestes. Descontentes, muitos políticos mineiros apoiaram o candidato de oposição da Aliança Liberal, o gaúcho Getúlio Vargas (governador do RS). Vence o candidato Júlio Prestes, apoiado pela elite de São Paulo. Com vários indícios de fraude eleitoral, Getúlio Vargas e os políticos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba ficaram muito insatisfeitos. Em julho do mesmo ano, o candidato a vice-presidente de Getúlio Vargas, o paraibano João Pessoa, foi assassinado. O fato gerou revolta popular em várias regiões do Brasil. Estes conflitos aconteciam, principalmente, entre partidários da Aliança Liberal