Revolução Cubana: Locke, Rousseau e Hobbes
Introdução
Cuba, em meados da década de 50, era um país pobre e com vários problemas, como a maioria de seus vizinhosⁱ. Sua situação política era frágil, principalmente após o golpe militar de 1952, que levou o ditador Fulgêncio Batista ao poder. Sua ditadura militar, marcada pela suspensão das garantias constitucionais, pela violência e pela corrupção causava insatisfação ao povo, e não tardaram a surgir movimentos para sua derrubada. O principal desses foi o Movimento 26 de Julho (M-26-7), liderado por Fidel Castro, que teve papel primordial na luta contra o ditador.
Após uma fracassada tentativa de golpe em 1953, Castro foi exilado para o México, onde ganhou aliados e fortaleceu o movimento. Retornando à Cuba, se refugiou nas montanhas de Sierra Maestra, junto com seus companheiros, onde também ganhou apoio dos camponeses. Com esse grande somatório de forças e após vários embates, a vitória foi alcançada, em 1º de Janeiro de 1959, com a fuga de Batista para a República Dominicana.
Após sua chegada ao poder e aproximação com o comunismo, Fidel Castro implantou o socialismo na ilha. Seu governo tomou várias medidas em Cuba, como, por exemplo, nacionalização de bancos e empresas, reforma agrária, expropriação de grandes propriedades e reformas nos sistemas de educação e saúde. O Partido Comunista dominou a vida política na ilha, não dando espaço para qualquer partido de oposição. Em relação à política externa cubana, os principais acontecimentos foram sua aproximação com o bloco comunista, à época na liderança da URSS, e seu afastamento dos EUA, que até pouco tempo atrás tinham o poder de influir livremente em Cuba. No auge da Guerra Fria, a perda da influência em Cuba para os soviéticos representou muito mais do que uma derrota ideológica, mas ainda a presença dos ideais socialistas no continente americano, a 130 km de seu território. A