Revolução americana
Enviado por Murray N. Rothbard
27-Dez-2007
No dia da eleição de 1976, a chapa do Partido Libertário de Roger L. MacBride para presidente e David P. Bergland para vice conseguiu 174.000 votos em trinta e quatro estados por todo o país. O sóbrio Congressional Quartely foi levado a classificar o inexperiente Partido Libertário como o terceiro maior partido político dos Estados Unidos. O notável crescimento deste novo partido pode ser percebido ao se considerar que ele foi fundado apenas em 1971, por um punhado de pessoas reunidas numa sala de estar no Colorado. No ano seguinte, sua chapa presidencial chegou às cédulas de dois estados. E agora ele é o terceiro maior partido da América.
O que é ainda mais notável é que o Partido Libertário conseguiu esse crescimento com uma adesão consistente a um novo credo ideológico — "libertarismo" —, trazendo assim ao cenário político americano, pela primeira vez em um século, um partido interessado em princípios e não meramente no ganho de dinheiro ou de cargos públicos.
Comentaristas e cientistas políticos já nos disseram inúmeras vezes que a beleza da América e de nosso sistema partidário é sua ausência de ideologias e seu "pragmatismo" (uma amável palavra para o enfoque exclusivo no ganho de dinheiro e empregos às custas dos infelizes pagadores de impostos). Como, então, explicar o crescimento incrível de um novo partido que é franca e ardentemente dedicado à ideologia?
Uma explicação é a de que os americanos nem sempre foram tão pragmáticos e não-ideológicos. Pelo contrário, os historiadores agora percebem que a própria Revolução Americana não foi somente ideológica, mas foi também o resultado de uma devoção ao credo e às instituições do libertarismo. Os revolucionários americanos se apoiavam no credo libertário, uma ideologia que os levou a resistir com as próprias vidas, fortunas e dignidades às invasões de seus direitos e