Revolucao dos bichos
NÃO EXISTE SER HUMANO SEM GRUPO SOCIAL GRUPOS SOCIAIS X EXCLUSÃO SOCIAL”
O berço do funk foi a periferia, por isso a importância desse estilo musical para seus moradores. È a realidade intríseca: mesclada de vida, fé, narrativa. Uni num mesmo som, num mesmo credo, os irmãos na palavra que aprendem desde cedo: humildade. A humildade anda de mãos dadas com a simplicidade, com o saber exatamente que se é.
A incerteza desse mundo nos faz buscar a companhia fraterna de um irmão em sina. O funk, em uma perspectiva não generalizante, pode ser entendido sob vários aspectos. Pode ser compreendido como uma forma de protesto social. O movimento nasce da vivencia em comunidade, nasce como um dar voz a quem não tem voz, porque está calado pela mídia e pela sociedade desigual.
Os funkeiros entenderam as entranhas capitalistas desde quando estas eram apenas sonho. O sonho dos cantores de funk é a busca por uma vida melhor, longe da agudeza social, que rebaixe o ser humano à exclusão social. A ascensão social é possível, mas tem seus limites, arrasta consigo o suor milagroso de cada dia, as lágrimas e a dor de quem insiste em lutar por um futuro melhor.
O funk mostra-se como a expressão de outro caminho para se alcançar aquilo que se quer. Há um problema de ordem socioeconômica por trás dele, que constantemente se aceita sem contestação. O funk é uma manifestação sociocultural, porque os jovens sofrem um forte preconceito social. Apesar do constante processo de estigmatização, sua imagem exerce um enorme fascínio sobre um grande numero de jovens que parece ter encontrado nesses grupos sociais, na sociabilidade e nos estilos que promovem, formas fundamentais de expressão e comunicação. Ao construir uma trajetória que caminha entre a exclusão e a integração, promove, de certo modo, através de seus estilos de vida e de experiência social que grupos realizam,