Revoltas
A Revolta do Forte de Copacabana, em 1922, foi o primeiro movimento militar armado, que pretendeu tirar do poder as elites tradicionais e esboçou a defesa de princípios modernizadores, refletindo o descontentamento com a organização política e econômica da época e características peculiares da formação do exército brasileiro
A SITUAÇÃO DO PAÍS
No começo do século XX, o crescimento das cidades acentuo-se, destacando-se o Rio de Janeiro (capital do país) e São Paulo, esta última, devido ao desenvolvimento da economia cafeeira. A vida urbana passou a se definir por novos padrões de consumo, grandes avenidas foram abertas, assim como cinemas, teatros e grandes edifícios. Parte desta "modernização" estava associada diretamente ao capital inglês, investido na infra-estrutura: fornecimento de energia elétrica, serviço de transporte coletivo, água encanada e gás. Parte dos investimentos eram possíveis devido ao lucro proporcionado pela exportação de café. No entanto, essa modernização não alcançava as camadas populares, formada principalmente por operários, artesãos e desempregados, cerca de 70% da população, que vivia em situação precária.
A camada média e a classe operaria sofriam com a carestia, conseqüência da "política de valorização do café", responsável pela desvalorização da moeda nacional para facilitar as exportações, assegurando os lucros do setor cafeeiro. A queda nas exportações de café levou o governo a constantes desvalorizações e conseqüente aumento do custo de vida. Das camadas urbanas, apenas a classe operária possuía algum grau de organização política e sindical.
Na década de 10, as greves haviam agitado as grandes cidades do país. No entanto, havia entre as camadas médias intenso descontentamento com a situação econômica e política, favorável a elite do café de São Paulo e Minas Gerais.
As elites regionais esboçaram um descontentamento nas eleições de 1921, quando, quando gaúchos, cariocas, baianos e pernambucanos lançaram a