A revolta dos Quebra-quilos começou no dia 7 de novembro de 1874, na vila de Fagundes em Campina Grande. Era um sábado dia de feira, daí por diante o quebra-quebra de pesos e medidas passou a ser feito em outras vilas, povoações e cidades nos dias de feira. Pessoas humildes, rude, do meio rural e das ruas, armados com reúnas, garruchas, pedras, foices, invadiam as feiras. A população achando-se enganada e desconfiada do peso e dos altos preços devido à adoção do sistema internacional de pesos e medida discutia a qualidade dos produtos chegando a apreender e inutilizar os metros e quilogramas encontrados nas feiras, armazéns, açougues e bodegas. Não se sabe da existência de um líder coordenador. Os revoltantes apareciam espontaneamente. As comunicações na época eram precárias mais mesmo assim a notícia dos quebra-quilos de Fagundes repercutiu por toda a Paraíba e alastrou-se também pelos Estados de Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará. O ritual do motim se desdobrava em rasga-rasga e queima de móveis, livros, documentos e papéis das Câmaras, Juizados e Cartórios. Em certos lugares alguns revoltosos marcharam até a cadeia arrebentando as portas, voltando os presos e proclamando a liberdade pública; Obrigaram o Comandante da Polícia a subscrever um documento abolindo os impostos, não aplicar a lei do recrutamento militar e não mais exigir utilização de metros e pesos oficiais e dentre demais coisas. Sem saber o que fazer para combater os revoltosos, o até então presidente da Paraíba pediu ajuda ao imperador. Também pediu ajuda ao seu colega de Pernambuco. O governo imperial mandou para lá, o coronel Severiano Martins da Fonseca, irmão do Marechal Deodoro da Fonseca. O coronel trouxe para província paraibana um verdadeiro exército. Posto diante desses fatos o governo reagiu com brutalidade, havendo elementos perigosos capazes de selvageria inomináveis. A tropa de linha chefiada pelo capitão José Longuinho, destacou-se por cometer várias atrocidades