revolta de juazeiro
Também conhecida como Sedição de Juazeiro, ocorreu no sertão cearense em 1914 na cidade de Juazeiro do Norte, localizada no sertão do Cariri, foi uma revolta de caráter popular, embora liderada pelos coronéis da região.
A revolta teve como principais líderes padre Cícero Romão Batista e o médico e político Floro Bartolomeu da Costa.
Causas principais
Os coronéis do sertão do Ceará estavam descontentes com a interferência do governo federal na política do estado. Através da política salvacionista, o presidente Hermes da Fonseca interviu no governo cearense para diminuir o poder das oligarquias locais (coronéis). A intervenção tirou do poder a família Acyoli (tradicional e poderosa família da época). O fanatismo religioso, o descontentamento e a situação de miséria da população pobre favoreceram a participação dos sertanejos no conflito.
Durante a Revolta
Os coronéis aliados da família Acyoli foram buscar o apoio do padre Cícero que era muito querido e venerado entre as camadas populares. Logo, o padre foi convencido a incentivar as pessoas a darem apoio e participarem da revolta. Liderados pelo padre Cícero, os sertanejos lutaram contra as forças do governo central.
Em 1914, o governador e coronel Marcos Franco Rabelo, após romper com o Partido Republicano Conservador, passou a perseguir Padre Cícero, destituindo-o dos cargos que exercia e ordenando a prisão do sacerdote. O deputado federal Floro Bartolomeu, montou um batalhão para defender padre Cícero. O grupo era formado de jagunços e romeiros.
Quando os soldados de Franco Rabelo chegaram em Juazeiro do Norte, se depararam com uma cidade totalmente cercada por um alto muro de pedra, como na época da Idade Média. A construção foi erguida em apenas 7 dias e chamada de Círculo da Mãe de Deus.
Sem condições de destruírem o Círculo, os soldados retornaram á cidade de Crato para pedirem reforços. Franco Rabelo enviou mais soldados e um canhão. Mesmo assim, as forças