Revolta da vacina
SOCIOLOGIA – JOÃO GILBERTO
CAIQUE PIMENTEL – INF 121
Podemos fazer uma ponte de ligação entre duas fases da história brasileira: a Revolta da Vacina e os atuais protestos ocorridos no Brasil. Em 1904, a Revolta da Vacina ocorreu quando o povo se revoltou no Rio de Janeiro contra aplicação da vacina para varíola, imposta pelo Governo Federal. Mesmo sendo por um objetivo positivo, a vacina era aplicada de modo violento e autoritário, trazendo muitos conflitos e revoltas populares. Assim como as manifestações de hoje, que tiveram como estopim o aumento de R$0,20 na tarifa do transporte público, fazendo com que a população ficasse indignada. A grande massa populacional indo às ruas para protestar por seus direitos, que desencadeou toda a revolta do povo contra a corrupção e outros problemas que nosso país enfrenta. Mas Gustave Le Bon diz que a multidão nem sempre é um bom recurso na cabeça do homem. Uma pessoa culta e moral pode se tornar um bárbaro e é capaz de agir de forma violenta quando se encontra em multidão. Assim, ele afirma que há um “regresso mental” para a forma primitiva do homem. Isso se dá pelo comportamento das pessoas ao redor. Já Moscovici acredita que a minoria é uma melhor saída que busca causar impacto modificando normas e poder. Sendo assim, capaz de influenciar a sociedade pela inovação nas atitudes. Atualmente, a teoria das minorias ativas é de grande valor. Um recurso que teve muita presença em ambos os períodos, foi a mídia. Hoje vemos a mídia cobrindo todos os eventos ligados a protestos e manifestações. Porém, o modo em que essa notícia é transmitida varia. Como por exemplo, há jornais que mostram apenas o lado do vandalismo e não o lado que está lutando por seus direitos, ou seja, há uma manipulação na informação. Na época da Revolta da Vacina, as revistas e os jornais mostravam charges e caricaturas de oposição a essa revolta. Era difícil encontrar imagens que faziam apologia ao movimento. Mais uma vez