Revolta da Chibata
Revolta da Chibata
A revolta da chibata foi um movimento que ocorreu em 1910, com o epicentro no Rio de Janeiro, mais precisamente na Baía da Guanabara. Na época, o Rio era a capital do Brasil. O líder do movimento foi o marinheiro João Cândido Felisberto, que posteriormente passou a ser tratado pela imprensa como o "Almirante Negro".
A maior parte do plantel da marinha à época, era formado por mulatos e negros, escravos libertos ou filhos de ex-escravos. As condições de trabalho e vida dos marinheiros eram precárias, como por exemplo, a alimentação que os marujos recebiam era péssima, tinham baixíssima remuneração, e o que era considerado mais grave pelos revoltados: recebiam punições físicas, principalmente chibatadas (o que nomeou a revolta).
Mais de duas décadas depois da abolição da escravidão, a prática de castigos físicos ainda era comum na Marinha brasileira.
Neste contexto Marcelino Rodrigues de Menezes, acusado de embarcar com uma garrafa de cachaça, foi violentamente punido não com 25, mas com 250 chibatadas, diante de todos os tripulantes. O exagero do castigo deu início a revolta, que foi comandada por João Cândido, no dia 22 de novembro, com a participação de 2300 marinheiros.
Os marinheiros, depois de se revoltarem, fizeram uma carta reivindicando boas condições de trabalho e mudanças nas leis, para que acabassem com as chibatadas. E com todos os canhões dos navios voltados para o Rio de Janeiro, os marujos ameaçam a destruir toda a capital do país, caso não fossem atendidos.
Em 27 de Novembro de 1910, o governo não resistiu às imposições dos rebeldes, e finalmente cedeu, decretando o fim da chibatada.
Enfim, a Revolta da Chibata foi um movimento causado pela insatisfação dos marinheiros devido à dura rotina de trabalho e pela baixa remuneração que recebiam, e que teve o estopim ligado à punição abusiva de um marinheiro, que levou 250 chibatadas, dez vezes mais chibatadas que o comum. As reivindicações dos