revolta da cachaça
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Rio de Janeiro Colonial
Rio de Janeiro- 2013
A Revolta da Cachaça: Participação das Ordens Religiosas.
No ano de 1660, acontecia na Cidade do Rio de Janeiro a revolta contra o governador da província Salvador Côrrea de Sá e Benavides. O governador resolveu lançar o imposto sobre os moradores da cidade do Rio de Janeiro, por força dos atrasos no pagamento das guarnições locais. O povo obviamente não ficou contente e juntamente com a câmara da cidade se reuniu para decidir o que fazer a respeito da decisão de Benavides, que havia se retirado para as fronteiras do Sul. Dentre as resoluções o conselho e a câmara contrariando as ordens oficiais, aprovava a fabricação de água ardente, que era muito rentável na colônia, mas prejudicava o comércio do vinho vindo da metrópole. E insistiram juntamente ao governador interino uma solução para o caso.
Evidentemente as ordens religiosas tiveram um papel de protagonistas durante o desenrolar da revolta contra o governador Côrrea de Sá e Benavides. O poder eclesiástico juntamente com as ordens religiosas, que compreendiam os beneditinos, carmelitas e jesuítas, possivelmente teve parecer contrário ao lançar do imposto, pois implicava na sua trama de negócios já que estas ordens estavam intimamente ligadas à execução econômica da cidade.
Podemos verificar que Benavides usou de forma ilegal e sem base na legislação para impor o imposto Os Beneditinos, foram contrários ao imposto e justificando a leviandade do mesmo pela carência da população, e dando a opção que se fosse realmente necessário tal cobrança, que fosse feita por doação ou empréstimo. Pode-se perceber que os beneditinos eram contra por até mesmo relatarem que estariam sujeitos à excomunhão aqueles que lançassem o imposto considerado injusto. Analisamos a contrariedade dos beneditinos ao governador, e seu apoio à revolta, porque se sabe que Benavides tinha