Revisão - Plantas Inseticidas
O uso de “plantas inseticidas” (que tipicamente produzem substâncias inseticidas, de expressão constitutiva) e de plantas resistentes a pragas, tem uma base comum, que é o emprego de aleloquímicos presentes na planta, como proteção (VENDRAMIN & CASTIGLIONI 2000) e que são extremamente importantes no desenvolvimento de uma agricultura que tenha como prioridade a preservação e a recuperação ambiental.
A descoberta e o desenvolvimento de novos produtos derivados de metabólitos secundários, provenientes de vegetais, têm importância significativa, no sentido de se buscar produtos menos agressivos ao ambiente. Os produtos derivados de plantas, mais aceitos pelos consumidores, por terem menor impacto ambiental e por serem menos tóxicos aos mamíferos, têm sido investigados mais intensivamente pela indústria atual (WEDGE, & CAMPER, 2000). Dessa forma, uma das alternativas que tem se mostrado promissora como componente do manejo integrado de pragas, é o uso de espécies de plantas da família Meliaceae, fonte de substâncias com atividade inseticida. Inúmeras pesquisas já foram mundialmente desenvolvidas com o intuito de identificar possíveis efeitos inseticidas de plantas da família Meliaceae, destacando-se, dentre estas, Azadirachta indica, comumente denominada nim que apresenta, dentre outros compostos, o limonóide azadiractina. Além dessa planta, dentre as meliáceas estudadas, o gênero Trichilia, constituído de aproximadamente 230 espécies, distribuídas principalmente na América Tropical, vem sendo apontado como promissor pelo fato de possuir substâncias com atividade inseticida, comparável à da azadiractina, mas possivelmente com estrutura molecular mais simples e, portanto, passíveis de serem sintetizadas quimicamente (RAMÍREZ et al., 2000; WHEELER et al., 2001).
Neste contexto, esta revisão procurou abordar a importância dos extratos vegetais com atividade inseticida no contexto do manejo integrado de pragas. Assim, o trabalho aborda de maneira