Revisão História Pensamento Econômico

REVISÃO HPE
Keynes:
“Revolução” Keynesiana
Uma das principais questões levantadas após a Teoria Geral é se houve ou não uma revolução. A obra de Keynes foi tão complexa que gerou várias interpretações, desde as mais ortodoxas às mais heterodoxas. Há um consenso de que foi ele quem criou a Macroeconomia, uma vez que colocou em pauta que a Economia deveria ser pensada em Teoria da alocação (Micro) e Teoria da produção (macro), pois havia conceitos que poderiam ser aplicáveis a uma que não faria sentido na outra.
Ainda assim, descordavam no sentido de revolução. Para os heterodoxos, a criação da macro teria sido um grande rompimento com a teoria (neo)clássica, pois há capítulos que não podem ser conciliados à teoria tradicional, tratando de incerteza, expectativas, grau de confiança que gera importância para a liquidez, criando importância para a moeda em si (pois traz segurança). Para os ortodoxos não teria caráter revolucionário, uma vez que há muitos elementos que não estão em desacordo com a teoria tradicional (preços, maximização, equilíbrio estático, modelo de determinação da renda tradicional, concorrência perfeita...), entretanto seria uma teoria de curto prazo, pois a longo prazo (teoria clássica) tudo tenderia ao equilíbrio novamente.
Keynes criticava fortemente a Lei de Say e a Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) e caracterizou como clássicos todos aqueles que o sucediam, uma vez que todos esses eram adeptos da Lei de Say. Gerando assim grande debate quanto seu caráter revolucionário.
Objetivos da Teoria Geral
Keynes escreve a Teoria Geral num período de grande recessão mundial, onde os salários estavam baixos e o desemprego extremamente elevado, pretendia, então, formular um modelo de determinação da renda (Y) e do emprego (N) que explicasse que, dentre tantos equilíbrios possíveis, o de Pleno Emprego era apenas mais um e, portanto, muito difícil de ser alcançado, isto é, queria um modelo que explicasse qualquer equilíbrio, não apenas o de Pleno