Revisão de literatura: regeneração natural de fragmentos de cerrado
RESUMO A fragmentação florestal ocorrida nos últimos anos, devido ao acelerado processo de desmatamento, tem ocasionado a perda da diversidade biológica e sustentabilidade no ciclo natural das florestas. A partir da caracterização de fragmentos remanescentes, concluiu-se que as áreas de proteção natural sofreram diversas alterações devido a ações antrópicas e naturais e que alguns destes fragmentos necessitam de interferência para impedir o processo de perda da biodiversidade diminuindo a instabilidade das populações, comunidades e ecossistemas. Este trabalho teve como objetivo avaliar os status de regeneração natural de fragmento de cerrado, em dois períodos de tempo, aos 10,5 anos e 15,5 anos, empregando-se dados secundários. A identificação das espécies foi realizada em uma área de 2,42 ha, onde no período de 10,5 anos aos 15,5 anos foi instalado um teste de progênies/procedências de M. urundeuva, consorciada com T. micrantha, atualmente além da aroeira encontra-se colonização também por outras espécies arbóreas. No estudo natural na área, foram identificadas 1050,44 ind/ha aos 10,5 anos e aos 15,5 anos foram identificadas 1718,27 ind/ha. Verificou-se que as famílias que apresentaram maior número de espécies em regeneração foram a Leguminosae com 12 espécies; Myrtaceae com 6 espécies; Annonaceae, Euphorbiaceae e Solanaceae com 4 espécies cada; Malpighiaceae, Clusiaceae e Bignoniaceae com 3 espécies cada. Rubiaceae, Rutaceae, Bombacaceae, Sapindaceae, Asteraceae, Anacardiaceae, Sapotaceae, Arecaceae e Piperaceae com 2 espécies cada; Asclepiadaceae, Rosaceae, Celastraceae, Lecythidaceae, Dilleniaceae, Vitaceae, Ochnaceae, Tiliaceae, Caryocaraceae, Araliaceae, Apocinaceae,