REVISÃO DE LITERATURA EFEITO MATERNO E HERANÇA EXTRACROMOSSÔMICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA/FITOTECNIA
DISCIPLINA: GENÉTICA VEGETAL
PROF. JÚLIO CÉsar do vale silva

efeito materno e herança extracromossômica

ELAINE SILVA DOS SANTOS

FORTALEZA-ce
2015
1.0 INTRODUÇÃO

Os princípios de Mendel da segregação e distribuição independente são baseados na hipótese de que os genes estão situados em cromossomos no núcleo da célula. Essa hipótese é válida para a maioria das características genéticas, e por meio dessas teorias podemos prever os tipos de progênie que serão produzidos em um cruzamento genético (PIERCE, 2004).
Entretanto, nem todo o material genético de uma célula é encontrado no núcleo. Um pequeno grupo de caracteres é herdado graças aos genes ou produtos gênicos presentes no citoplasma do gameta. Como o gameta feminino contribui com quase a totalidade do citoplasma para o descendente, o modo de herança desses caracteres, à primeira vista, processa-se de modo diferente daqueles controlados por genes nucleares (RAMALHO et al., 1990).
A herança citoplasmática é passada pela mãe para a prole, e nunca pelo pai para a prole, pois se entende que um zigoto herda genes nucleares de ambos os genitores, mas tipicamente todas as suas organelas citoplasmáticas, portanto todos os seus genes citoplasmáticos, vêm apenas do ovócito (PIERCE, 2004).
Esse tipo de herança pode ser constatada por meio dos cruzamentos recíprocos, onde procura-se verificar a existência de diferença entre os resultados de um cruzamento e de seu recíproco. Em um caso em que o caráter é decorrente de efeitos citoplasmáticos, os resultados dos cruzamentos recíprocos serão diferentes, isto é, os descendentes de cada cruzamento terão sempre o mesmo fenótipo do genitor feminino, que contribui como citoplasma. Esse tipo de herança pode ser explicado por dois mecanismos: o efeito materno e a herança extracromossômica (RAMALHO et al., 1990).
Diante do exposto, essa revisão de literatura objetiva