Revista nova escola
No entanto, para o adulto chegar ao relacionamento afetivo-sexual, ele tem que passar por várias experimentações, ter contato com o próprio corpo e vivenciar situações de carinho e a intimidade – que são fundamentais para permitir a entrega, a confiança, a cumplicidade e a responsabilidade sexual no futuro. E isso sim a gente aprende na infância.
A fase auto-sexual e a descoberta do corpo
Até os 4 anos de idade, o interesse sexual da criança está, basicamente, nas sensações do seu corpo, de carinho e atenção. Mas quando eles entram na fase que Freud chamou de auto-sexual ou genital, elas descobrem que têm autonomia para produzir uma sensação gostosa ao tocar seus genitais a conversa é outra.
Esta fase costuma ser crítica dentro da escola, porque em geral os professores não sabem qual atitude tomar ao surpreender a criança tocando os genitais. Portanto, a minha primeira sugestão é: não entre em pânico.
Não há nada de errado em se tocar, mas não em locais públicos, nem durante a aula, porque isso tira a concentração da criança e dos outros alunos sobre o que está sendo ensinado.
Na hora, não entre em detalhes. Sem expor a criança, diga apenas que não pode e chame ela de volta à atividade. Faça isso com a mesma naturalidade e convicção que a ensinou que na sala de aula que não é permitido comer ou fazer xixi.
Se essa situação começar a acontecer com frequência numa turma, talvez seja um bom momento para oprofessor ensinar aos alunos, por exemplo, o conceito de público e privado em relação às partes do corpo e aos comportamentos sexuais.
É muito importante que a gente entenda que é nesse toque e nas descobertas sexuais que as crianças fazem a diferenciação de si e do outro. É assim