Revista Hortifruti
| Por Gabriela Carvalho da Silva Mello, Letícia Julião e Rafael Tapetti |
CADEIA DO FRIO
Garantia de vida mais longa e saudável aos hortifrutícolas
A refrigeração de toda a cadeia de comercialização de frutas e hortaliças é uma das formas mais eficientes de reduzir perdas em qualidade e quantidade, bem como de preservar a segurança (quanto à proliferação de microorganismos) dos hortifrutícolas.
No Brasil, a refrigeração se torna especialmente importante devido ao clima tropical, com temperatura média elevada. Além de manter a qualidade do produto, o uso correto da refrigeração prolonga o seu período de comercialização, favorecendo o planejamento sobre o melhor momento de ofertá-lo.
No entanto, o uso da cadeia do frio integrada, mantendo a temperatura ideal de conservação desde a roça até o destino final, é muito pouco usado no
País, mesmo quando explícitos os seus benefícios.
O argumento mais comum de hortifruticultores e comerciantes é o elevado custo para se implantar tal infra-estrutura na propriedade. No entanto, quando se comparam os custos e os benefícios para o setor como um todo, fica claro que essa técnica é imprescindível para a modernização da hortifruticultura, que vem se intensificando no País desde 1994, com a estabilidade econômica.
A precária infra-estrutura logística dos hortifrutis brasileiros limita a competitividade interna e externa do setor (custo mais elevado de distribuição do que dos concorrentes). Isso se deve tanto à baixa disponibilidade de câmaras frias e de caminhões frigorificados quanto a problemas comuns de distribuição: estradas em más condições, portos congestionados e centrais de abastecimento com tecnologia de recepção ultrapassada.
Uma das cadeias hortifrutícolas que mais utiliza a refrigeração no mercado doméstico é a da maçã. Mas, na maioria das vezes, não é totalmente integrada. A maçã é armazenada em condições adequadas pelos produtores e empresas do
8 - HORTIFRUTI BRASIL - Jan/Fev de 2011
setor. No entanto, boa