Revegetação de taludes
Centro de Ciências Exatas e Ambientais
Recuperação de Áreas Degradadas
Revegetação de taludes em rodovias, métodos e espécies utilizadas
Eduardo A.M. Severo
Dom Pedrito, 01/12/2011
1. Introdução
Os Campos Sulinos são ecossistemas naturais com alta diversidade de espécies vegetais e animais. São os campos dos biomas brasileiro Pampa e Mata Atlântica e que se estendem sobre amplas regiões do Uruguai e Argentina.
Garantem serviços ambientais importantes, como a conservação de recursos hídricos, a disponibilidade de polinizadores, e o provimento de recursos genéticos. Além disso, têm sido a principal fonte forrageira para a pecuária, abrigam alta biodiversidade e oferecem beleza cênica com potencial turístico importante.
A sua conservação, porém, tem sido ameaçada pela conversão em culturas anuais e silvicultura e pela degradação associada à invasão de espécies exóticas e uso inadequado.
Nas últimas décadas, cerca de metade da superfície originalmente coberta com os Campos no estado do Rio Grande do Sul foi transformada em outros tipos de cobertura vegetal. Esse processo aconteceu sem que limites tenham sido efetivamente estabelecidos e aplicados nem pelo poder público nem pela sociedade.
A legislação ambiental a respeito é ainda precária e negligenciada, algumas políticas públicas têm estimulado a conversão e os Campos estão pobremente representados nos sistemas de áreas protegidas.
Freqüentemente os campos são diferenciados em campo limpo, onde prevalecem gramíneas (Poaceae) e ciperáceas, assim como muitas espécies herbáceas pertencentes a várias famílias botânicas e campo sujo, onde além das gramíneas e herbáceas baixas ocorrem arbustos, principalmente da família Asteraceae (Baccharis gaudichaudiana, B. uncinella), e gravatás (Eryngium spp.; Apiaceae) (Klein 1978).
Ambos os tipos de campo comportam um elevado número de espécies herbáceas (Rambo 1956, Klein 1979).