rev industrial
A revolução industrial concretizou esse modo de transformação do modo de produção capitalista. Ao aumentar fortemente as despesas de instalação, ao encarecer os instrumentos de trabalho, ela finaliza a transformação da propriedade dos meios de produção em monopólio de uma classe social: a dos proprietários de capitais. Ao permitir obter lucros consideráveis pelo emprego de técnicas mais modernas - ao fazer da inovação tecnológica um motor de mudança constante da produção - a revolução industrial faz refluir a maior parte dos capitais do comércio para a produção. Ao baixar consideravelmente os custos de produção das mercadorias, ela rebenta com todas as particularidades (nacionais, climatéricas, tradicionais) das necessidades e dos produtos ao criar um mercado mundial, à conquista do qual o capital se lança com insaciáveis apetites de lucro. Ao estoirar com todas as antigas limitações da produção, ela cria as condições de uma concorrência que é um chicote para o capital: ele deve aumentar seus lucros a fim de acumular cada vez mais capitais.
O nascimento do modo de produção capitalista está portanto ligado à criação histórica das condições de existência acima indicadas. Ela está ligada à generalização da produção mercantil, à criação do mercado mundial, bem como à acumulação de experiências científicas e de progressos técnicos que tornaram possível a revolução industrial. Todos esses processos culminam na afirmação do poder político da burguesia capitalista.
A burguesia capitalista
O desenvolvimento do capital usurário, do capital mercantil e mesmo do capital bancário pôde realizar-se no seio de numerosas civilizações. Ele não foi inferior na Índia, na China, no império do Islão clássico, ao que foi na Europa ocidental do século 13 ao 15. A China tinha séculos de avanço sobre a Europa no domínio do desenvolvimento de uma série de técnicas produtivas. Mas a potência do poder de Estado central - função nessas sociedades das