REUTER, Yves. A análise da narrativa: o texto, a ficção e a narração
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras – FACALE
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras
Teoria da narrativa e Modos de Representação
Prof. DR. Rogério Silva Pereira
14 de Jun 2012
Marta Roque Branco
REUTER, Yves. A análise da narrativa: o texto, a ficção e a narração. 2ª Ed. tradução de Mario Pontes. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007.
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A Ficção
A ficção designa o universo encenado pelo texto: a história, as personagens, o espaço-tempo. Ela se constrói progressivamente, seguindo o fio do texto e de sua leitura. (pg. 27)
I. A história: ações, sequências, intrigas.
1. As ações: (pg. 29-32)
Toda história se compõe de estados e ações.
Podemos inicialmente nos perguntar se elas são numerosas ou não e se sua natureza é interna à psicologia da personagem ou externa a ela.
Em seguida podemos analisar seu caráter explícito (narrativa comum ou romance clássico) ou não (relato jornalístico ou de um romance de vanguarda).
Podemos ainda nos defrontar com o problema de sua organização interna: a virtualidade, a passagem ao ato e o acabamento.
Também podemos nos interrogar sobre a respectiva importância das ações no centro da história: as funções cardeais e as catálises.
Podemos, por fim, perguntarmo-nos como as ações se organizam para formar uma história e assim distinguir três formas fundamentais de relações entre elas: as relações lógicas, as relações cronológicas e as relações hierárquicas. Essas relações são essenciais para a articulação das ações numa intriga global que, em compensação, integra e dá sentido às múltiplas ações que a compõe.
2. A intriga (pg. 32-38)
A questão da intriga convida a nos interrogarmos sobre a estrutura global da história.
Vladimir Porpp - duas grandes hipóteses
Para além de suas diferenças superficiais, todos esses contos se reduziriam a um conjunto, finito e organizado em uma ordem idêntica de ações;
As ações seriam as unidades de base
Propp isolou trinta e uma