Reuso da aguá em residencias
Arquiteto sistêmico Muito se tem discutido sobre as questões que envolvem uma possível escassez de água doce no planeta. No Brasil, que conta com uma das maiores reservas desta água, são feitas inúmeras campanhas que abordam quase que exclusivamente a postura da economia. No entanto, o gerenciamento das águas ao nível do consumidor pode e deve ser tratado de uma maneira mais abrangente adotando-se uma prática que denominamos normalmente de reuso.
O reuso consiste na utilização da água mais de uma vez partindo do princípio básico de sempre reutilizar esta água com a qualidade mínima requeridas pelos padrões e normas sanitárias.
Quando falamos de gerenciamento de águas nos referimos a maneira como as águas fornecidas pelos concessionários devem ser distribuídas e utilizadas nas residências. Hoje cometemos o grande absurdo de utilizar a água potável, que nos é vendida a uma preço considerável, nos vasos sanitários, na lavagem de calçadas,na lavagem de automóveis e na irrigação dos jardins, usos considerados menos nobres e que poderiam perfeitamente estar sendo supridos com uma água com qualidade mas não necessariamente potável. Aliás, a própria ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas), na norma NBR 13969, ressalta a possibilidade do reuso quando afirma que “o esgoto tratado deve ser reutilizado para fins que exigem qualidade de água não potável mas sanitariamente segura”.
Ao concessionário fornecedor de água tratada não se pode impor a obrigatoriedade de se colocar a disposição dos consumidores uma água não potável para o uso em lavagens e irrigação. Isto seria um absurdo sob vários aspectos a começar pela necessidade de uma rede pública exclusiva, passando pelo grande ônus da manutenção e culminando com o grande risco da má utilização desta água nos pontos finais de consumo.
A opção para a utilização de água de qualidade não potável que se apresenta viável e que nos parece a mais