RETÓRICA
Profª: Gislene Maria Barral Lima Felipe da Silva.
Componente Curricular: Literatura Brasileira – Barroco e Arcadismo Turma: A
Aluna: Vanessa Ferreira Carneiro Matrícula: 14/0182373
CURTIUS, Ernst. Literatura Europeia e Idade Média Latina: Retórica – Capítulo IV, pág. 100-119.
1-Apreciação da Retórica
A retórica é a segunda das sete artes liberais. Introduz-nos, mais profundamente do que a gramática, no mundo cultural da Idade Média. Como matéria independente, desapareceu há longos anos do ensino. Aos alunos do gymnasium alemão do século XIX ainda eram apresentados escassos fragmentos do saber retórico, quando se iniciavam na composição alemã. Havia preliminarmente uma “disposição”, subdividida em introdução, parte principal e conclusão. A introdução devia conter um pensamento geral. Não se entrava imediatamente no tema sem uma “transição” apropriada. Essas transições eram verdadeiras calamidades. La Bruyère já incorrera numa censura de Boileau, por ter evitado le travail des transitions qui sont ce qui’ il y a de plus difficile dans les ouvrages d’esprit. Boileau devia sabê-lo: suas transições ficaram célebres pela falta de graça. Depois, o estudante do gynasium tinha de se ocupar novamente com a retórica para a explicação dos poetas latinos (e também de Schiller): aqui se exigia dele que reconhecesse as metáforas, metonímias, hipérboles e muitas coisas semelhantes.
2-A Retórica na Antiguidade
Retórica quer dizer “arte de falar”; designa, pois, segundo sua significação fundamental, o método de construir o discurso artisticamente. Desse germe desenvolvem-se, com o correr dos tempos, uma ciência, uma arte, um ideal de vida e até uma coluna básica da cultura antiga. De formas diversas, durante nove séculos, a retórica vincou a vida espiritual dos gregos romanos. Sua origem ressalta aos olhos. Lugar: a Ática; tempo: depois das guerras persas.
A partir do século II, afluíram os retóricos gregos a Roma e