Retórica: A arte de argumentar
História da Retórica
A retórica surgiu na antiga Grécia, ligada à Democracia e em particular à necessidade de preparar os cidadãos para uma intervenção ativa no governo da cidade. Rector era a palavra grega que significava ‘orador’, o político.
No início esta não passava de um conjunto de técnicas de falar bem e de persuasão para serem usadas nas discussões públicas. Sua criação é atribuída a Córax e Tísis (V a.C.), foi desenvolvida pelos sofistas que a ensinaram como verdadeiros mestres. Entre estes se destacam Górgias e Protagóras. Durante o século V a.C., os sofistas adquiriram grande prestígio como professores de retórica.
A retórica era antes de qualquer coisa o discurso do poder, ou dos que o aspiravam. O discurso retórico visava a ação, por isso se propõe a persuadir, convencer os que escutam. Isso levava a maioria dos sofistas a desprezarem o conhecimento daquilo que discutiam, continham-se com simples opiniões e se concentravam nas técnicas de persuasão.
Sócrates e Platão se opuseram a tal prática, pregavam que a retórica era a negação da própria filosofia. Platão estabelece uma distinção clara entre um discurso argumentativo dos sofistas, que procuravam manipular os cidadãos através da persuasão, e o discurso argumentativo dos filósofos que procuravam atingir a verdade através do diálogo. Sendo assim, a filosofia surgiu como discurso dirigido à razão e não às emoções dos ouvintes. A verdade não se trata de convencer ninguém, mas de comunicar ou demonstrar algo que já existe.
Aristóteles procurou um meio caminho entre Platão e os Sofistas, encarou a retórica como uma arte que visava descobrir os meios de persuasão para os vários argumentos. Através de Aristóteles a retórica se tornou em uma arte de falar de modo a persuadir e a convencer o público de que certa opinião é preferível à sua rival, assim a retórica começou a evoluir, e se tornou uma arte de compor discursos que primavam pela sua organização e estética, desvalorizando a