retrospectiva da educaçao brasileira no Brasil contemporaneo
Diferente do que muitos ainda discursam, não é a escola que pauta as mudanças sociais, mas a sociedade que pauta a prática educativa. Nesse sentido, o professor pode constituir‐se em sujeito de resistência à lógica hegemônica da sociedade através do exercício de sua profissão.
As instituições de ensino, desde cedo aprendem a “controlar nossos alunos”, produzindo uma cultura hierárquica que estabelece uma condição de silêncio aos sujeitos que integram o processo de Educação. Sua função, prioritariamente é preparar os alunos para que estes tenham as melhores pontuações em provas e concursos, para que a própria instituição também seja vista com respaldo pelo meio social.
É preciso repensar essa lógica de Educação, reflexo da lógica de vida, difundida diariamente pelo capitalismo. No mundo capitalista, as pessoas assumem uma posição no ranking de produção. As fábricas, as escolas, a sociedade como um todo assume a tarefa de controlar e IX SEMINÁRIO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS “HISTÓRIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO NO BRASIL”
Universidade Federal da Paraíba – João Pessoa – 31/07 a 03/08/2012 – Anais Eletrônicos – ISBN 978-85-7745-551-5
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punir aqueles que não se adéquam às normas estabelecidas. Na luta pela sobrevivência, quem pouco produz e pouco consome, é excluído pelo sistema.
Ao iniciar essa escrita com essas reflexões, nos propomos a apresentar uma breve retrospectiva do processo educacional no Brasil, delimitado entre os períodos de 1960 a 2000, indicando alguns acontecimentos históricos, e suas implicações aos dias atuais.
O processo de mercantilização da Educação, começado com o economicismo da década de
1960, alterou profundamente a estrutura e a organização educacional brasileira. Esse processo percorreu gerações e instaurou‐se em todos os governos que posteriormente assumiram o poder.
Em virtude