Retrato do brasil - resumo
Antes de entrar no capítulo comentando me remeto a descrever a dinâmica do livro que ao decorrer dos seus capítulos traça um histórico da formação brasileira a partir de quatro pilares (A Luxúria, A Cobiça, A Tristeza e O Romantismo) que sustentam o discurso apresentado na obra. Passeando nesses quatro capítulos Prado relaciona bem as causas históricas que formarão um Brasil subdesenvolvido, um povo descrente, entregue a sua realidade de exploração. A luxúria é responsável pela criação do nosso povo mestiço que caracteriza a nossa população, seus traços físicos e comportamentais. A cobiça explora a busca incessante por riqueza através da procura de ouro e outros artigos preciosos, Paulo Prado chama essa busca pelo ouro de “obsessão diabólica. Dinamismo formidável de uma época, de uma raça e de um novo tipo étnico, convergindo numa idéia avassaladora. Ouro. Ouro. Ouro.” Nessa busca incessante e descontrolada por riquezas, no combate entre homem e natureza que dificultava o sonho do rápido enriquecimento os homens não se contem na hora de cometer crimes para alimentar suas paixões. A tristeza se mistura ao romantismo e impulsiona as criações literárias, o pensamento fora da realidade e também alguns entusiastas que lideraram movimentos sociais e acreditavam e mudanças. “Como expressão dinâmica do espírito humano o romantismo é um fenômeno extenso e complexo. Acompanhá-lo pelos séculos afora é ir à Idade Média, ao neoplatonismo de Alexandria, ao platonismo grego, passando pela Reforma e pela Renascença. Os volumes da formidável bibliografia que dele se ocupa encheriam as estantes de uma biblioteca.” Nessa empreitada romântica os grupos nacionalistas e movimentos revolucionários ganharam força a partir da declaração de independência dos Estados Unidos a propagação de informações corria através de livros, enciclopédias, impulsionando esse sonho romântico de transformação no campo nacional.