RETRATAÇÃO CENTENÁRIA
Falar sobre uma cidade ou retratar os seus valores exige cuidados, pois implica naturalmente em tocar direta ou indiretamente em focos históricos, culturais, psico-sociais, econômicos e principalmente quanto a individualidade de cada pessoa. Tal missão se torna ainda mais difícil quando se tenta retratar, não a sua cidade natal, mas outra pela qual nutre vínculos afetivos, entre outros. Este é o desafio neste momento.
Juazeiro do Norte, em pleno centenário, merece ser retratada sob paradigmas pertinentes a conceitos como valorização, respeito, objetividade, compreensão abrangente e visão atenta às características específicas; como o esperado em relação a qualquer outra cidade.
Esta aventura letrada requer vossa imaginação, então assim teremos aqui o que chamo de ‘retratação’ (retratar+imaginação). Alerto que neste espaço opto por focar valores proativos, me permitindo deixar de lado aspectos e fatos que não se enquadrem neste perfil, embora não negue a existência dos mesmos e que tais fatos e situações não mereçam atenção, afinal eu é quem vou ‘retratar’ ou fotografar através das letras.
O primeiro retrato da ‘Capital do Cariri’ que vêm a qualquer imaginação é a vinculação do município com a imagem de Padre Cícero, tal qual uma simbiose. Padim e Juazeiro do Norte são inseparáveis. Um é razão do outro e ambos fazem compõe um mesmo cenário.
É uma imagem linda estampada com inúmeras cores em casas comerciais, cordéis, na música, no teatro, no artesanato, na história, na política e na religiosidade naturalmente. Segundo registros é o maior centro de manifestação religiosa da América Latina. Atente para este perfil e compare com outras cidades de nosso país.
A partir desta imagem real e forte, temos outras mais. Ultrapassando os limites geográficos deste sul cearense, Juazeiro do Norte contamina parecendo dar um abraço invisível em outras cidades, como num intercâmbio. Então, por exemplo, quando estive por inúmeras vezes em Mauriti, senti