Retraimento e Regressão (Resumo Winnicott)
No decorrer Da análise de um paciente de Winnicott, ele se depara com um incidente, o paciente não chegou exatamente a regredir, no sentido clínico, mas cujas regressões se encontravam em retraimentos momentâneos dentro das sessões analíticas.
“(Por retraimento, no presente trabalho, refiro-me a um retirar-se do relacionamento consciente com a realidade externa, sendo essa retirada por vezes da ordem um breve sono. E regressão quer dizer aqui uma regressão a dependência, não especificamente regressão em termos de zonas erógenas.)”
(Adoecimento do paciente)
No inicio de sua doença atual sofreu um colapso, no qual se sentiu irreal e perdeu o pouco de espontaneidade que tinha. Não conseguiu trabalhar até alguns meses após o inicio da análise. Ele me procurou inicialmente enquanto estava internado num hospital mental. (Esse paciente tinha tido um curto período de análise comigo durante a guerra, em resultado do qual recuperou-se de um grave distúrbio da adolescência.)
O problema mais importante que o levou a continuar buscando a análise era a sua incapacidade de ser impulsivo e de fazer comentários originais.
Winnicott faz uma série de 6 episódios sobre este caso:
Episódios 1 e 2
“Aconteceu o primeiro retraimento momentâneo do paciente, ele encolheu-se e rolou por sobre a cabeceira do divã. Esta foi a primeira evidência direta na análise da existência de um eu espontâneo. O retraimento seguinte ocorreu algumas semanas depois. Ele havia acabado de fazer uma tentativa de usar-me como se eu fosse o seu pai, que havia morrido quando o paciente estava com 18 anos, pedindo meu conselho a respeito de um aspecto do seu trabalho.” Winnicott discutiu o assunto com ele e disse em seguida que ele precisava de mim como analista, e não como um pai substituto.
Mostrei-lhe que o seu retraimento era uma fuga a dolorosa experiência de estar exatamente no meio entre o estado de sono e da vigília ou entre falar comigo racionalmente e retrair-se.