Resíduos de Amalgama
O amálgama odontológico é uma liga de mercúrio HgO com limalha que contém prata (Ag); estanho (Sn); cobre (Cu) e a fórmula é dependente dos fabricantes. Algumas limas apresentam, também, índio (In); zinco (Zn); platina (Pt) e paládio (Pd). As proporções são variáveis de acordo com os fabricantes.
O mercúrio é o único metal que se encontra na forma líquida na natureza. Ele é extremamente volátil liberando vapor metálico inodoro e incolor à temperatura acima de 12°C. Nos serviços de saúde, o mercúrio é utilizado em termômetros clínicos e de estufas, em esfignomanômetros e no amálgama odontológico. Muitas doenças têm como causa a contaminação por mercúrio. O efeito do mercúrio na cavidade bucal pode provocar o sangramento gengival, a perda do osso alveolar, a perda dos dentes, o excesso de salivação, o mau hálito, gosto metálico, leucoplasias, estomatites e pigmentação nos tecidos.
UTILIZAÇÃO DO AMÁLGAMA NA ODONTOLOGIA
O amálgama dental é um dos materiais restauradores mais utilizados nas clínicas odontológicas. Um de seus componentes é o mercúrio, cuja utilização tem sofrido algumas restrições, no decorrer dos tempos. Durante esses últimos 170 anos, o amálgama odontológico tem sido utilizado nas restaurações, apesar do mercúrio ser um material altamente tóxico.
Em 1826, TAVEU, defendia o uso da “Pasta de Prata” para as restaurações dentais. Essa pasta era constituída por uma simples combinação de prata e mercúrio. Para realizar o preparo da “pasta de prata”, TAVEU empregava, como matéria prima, a moeda de prata. Essas moedas, na verdade, eram preparadas com uma liga de prata e cobre. Assim, a composição química da limalha de amálgama nasceu das ligas empregadas por TAVEU, ou seja, as moedas.
A grande descoberta de TAVEU foi excelente para a sua época, mas os químicos do século XIX já chamavam atenção para o efeito tóxico do mercúrio.
No século XX, vários autores chamaram atenção para o fato de que a permanência em ambiente contaminado