Resumão mais pratico para entender Desenvolvimento Humano I
A FUNÇÃO SEMIÓTICA OU SIMBÓLICA
Após a conclusão do período sensório-motor, que aqui estipularemos entre 1 ano e meio e 2 dois anos, surge, na criança, o poder de representar. Consiste na capacidade de atribuir um "significado" qualquer através de um "significante" qualquer que passa a lhe corresponder. Tendo em vista que os linguistas distinguem "símbolo" de "sinais", aqui empregaremos o termo abrangente de "função semiótica" para a designação de significantes feitos pela criança.
I – A função semiótica e a imitação
Durante o período sensório-motor, após a consolidação dos esquemas de objeto permanente (por volta dos 9-12 meses), ainda não se observa nenhuma representação.
Contudo, existe sim a constituição de significantes e significados, mas, por terem caráter meramente perceptivo, não podem ser considerados como função semiótica. Nesta fase, os significantes são apenas "indícios", compondo apenas um aspecto do significado.
1. O aparecimento da função semiótica
A função semiótica surge no curso do segundo ano de vida da criança, após o estágio VI do período sensório-motor. Percebe-se a evocação representativa de um objeto ou acontecimento ausente, envolvendo significantes não mais baseados apenas na percepção. Esta evolução se distingue em cinco condutas de complexidade crescente. São elas:
1. Imitação Diferida: aquela que se principia na ausência de modelo.
2. Jogo simbólico ou Jogo de Ficção: consiste na performance de gestos imitativos acompanhados de objetos, que começam a adquirir caráter simbólico (ex.: travesseiro remete ao dormir).
3. Desenho ou Imagem Gráfica: aparece por volta dos 2 anos ou 2 anos e meio, antes da imagem mental.
4. Imagem Mental: marcada pela imitação interiorizada, totalmente ausente durante o findo período sensório motor.
5. Evocação Verbal: representação verbal amparada exclusivamente pelo seu significante, ou acompanhada de uma imagem mental que remeta ao significado.
2. O papel da imitação