resumos
Publicado em 26 de maio de 2010 por diariosocial
Este post acadêmico trata do movimento de reconceituação do Serviço Social, abordando as suas condições de existência e suas principais conquistas, levando em conta o período político da época, e a constituição de um Serviço Social crítico.
Durante os anos de 1960, observou-se uma profunda erosão do Serviço Social tradicional em muitos países, que historicamente se explicava por uma crise do capitalismo nesse período. Crescia, também, a onda de movimentos reivindicatórios das classes subalternas que se opunham à ordem burguesa, inclusive a categoria do Serviço Social.
O Serviço Social então começa a se aproximar do pensamento crítico das Ciências Sociais e do movimento estudantil e deixa de lado o que antes era a sua fundamentação: as vertentes psicológicas e a vinculação instituicional com a Igreja.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social estava diretamente ligado com a generalizada recusa do imperialismo norteamericano. A América Latina como um todo se une ideologicamente e a categoria de assistentes sociais se mostra favorável a uma renovação profissional e a uma luta contra o conservadorismo.
Dessa “grande união” formam-se dois blocos: os reformistas-democratas (que propunham projetos desenvolvimentistas) e os radical-democratas (que propunham uma radical ruptura com o conservadorismo profissional e a exploração imperialista). Porém, ambas as propostas não puderam ser efetivadas, devido à intensa repressão das ditaduras e o Movimento de Reconceituação se viu inconcluso por enquanto.
A Reconceituação proporcionou e conquistou grandes coisas: a necessidade de intercâmbio entre os países da América Latina e uma grande união em reivindicações entre eles; explicitou a tão necessária dimensão política da ação profissional; permitiu ao Serviço Social se aproximar do aspecto crítico das ciências sociais (inclusive com o marxismo); o pluralismo