Resumo
Por exemplo, uma semente é uma árvore em potência, mas não em ato. Quando germina, a semente torna-se árvore em ato. O movimento é a passagem do ato à potência e da potência ao ato.
Ato (aquilo que já existe) – semente
Mudança das coisas se dá na passagem ato-potência.
Potência (possibilidade do vir a ser) – árvore
Ato e potência
Agora, precisamos entender ato e potência.
Dizemos que um ser está em ato quando está realizado e está em potência quando tem capacidade para mudar. Assim, neste momento aquela moto é preta em ato, pois a cor preta está atualmente realizada, e é vermelha em potência, pois pode ser mudada para a cor vermelha. O refrigerante está morno em ato por apresentar uma certa quentura existente, está frio em potência visto que pode ser resfriado. A linha é pequena em ato, sua extensão curta é existente neste momento, e é grande em potência, pois pode ser prolongada até ficar comprida.
“Ato” e “potência” são noções generalíssimas, visto que tratam daquilo que é existente, pelo menos em certo período de tempo, bem como daquilo que não existindo no momento pode futuramente existir.
A potência, a saber, dividimos em: potência passiva (capacidade para receber uma determinação – como a água fria tem potência de estar quente se receber o calor do fogo) e potência ativa (capacidade para produzir uma determinação – como o fogo pode aquecer a água).
O ato é, portanto, o fato de uma coisa existir em realidade,e não do modo como dizemos que existe em potência, quando dizemos, por exemplo, que Hermes (estátua) está em potência na madeira, ou a semi-reta na reta inteira porque poderia ser tirada dela; ou quando chamamos sábio em potência aquele que não especula, mesmo que tenha a capacidade de especular, pois bem: esta outra maneira de existir é a existência em ato. A noção de ato que propomos pode ser elucidada pela indução, com a ajuda de exemplos particulares, sem