Resumo
Oliveira KA. Psicose: considerações sobre a direção do tratamento na perspectiva da psicanálise. [trabalho de conclusão de curso]. São Paulo: Universidade Nove de Julho; 2011.
A história nos mostra que a exclusão social da loucura é uma problemática presente desde a Idade Antiga. O louco sempre foi colocado às margens da sociedade e em dispositivos de reclusão, com a intenção de preservar as pessoas “normais”. Diante disso, o objetivo desta pesquisa esteve pautado em discutir a direção do tratamento da psicose na perspectiva psicanalítica, tendo como base o trabalho de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Para tanto, realizamos uma revisão bibliográfica, com rastreamento em acervos físicos e virtuais, e discutimos e analisamos o filme “Uma Mente Brilhante” (2001). Concluímos que na especificidade da clínica da psicose, é preciso fazer alguns remanejamentos no setting terapêutico para dar conta de atender a esta demanda singular. No que concerne à função do analista, este deve proporcionar um espaço para o paciente falar sobre o gozo que o invade, e ajudá-lo a nomear o inominável, ou seja, aquilo que escapa à significação. O objetivo da análise é buscar uma forma de suplência, um sintoma que permita uma conexão com a vida. Assim, por meio dessa suplência, o sujeito pode chegar a uma estabilização, que é uma maneira de apaziguar o gozo. Ademais, é imprescindível que o trabalho seja realizado em rede, envolvendo outros dispositivos da área da saúde e terapia ocupacional, como arteterapia, psiquiatria e etc, oferecendo ao paciente um conjunto de relações sociais e diferentes formas de contato com a realidade. Palavras-chave: Loucura, psicose, psicanálise, tratamento, transferência.
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