resumo
・ Capítulo 1
Todo conhecimento que adquirimos em nosso cotidiano é chamado de senso comum. Sem esse conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativas e erros, nosso dia a dia seria muito complicado. Esse tipo de conhecimento percorre um caminho que vai do hábito à tradição, a qual quando estabelecida passa de geração para geração. Normalmente, as pessoas têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial do conhecimento acumulado pela Psicologia científica, o que permite explicar ou compreender problemas cotidianos de ponto de vista psicológico. A ciência é uma atividade eminentemente reflexiva. Ela procura compreender e alterar o cotidiano. Quando fazemos ciências, nos baseamos na realidade cotidiana e pensamos sobre ela. A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade, expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação da sua validade. Outra característica fundamental da ciência é a objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção. Para um conhecimento ser considerado científico, requere um objeto específico de estudo que possa ser estudado com certa distância, isolando-o. Isso não acontece com a Psicologia, já que é uma das ciências humanas, ou seja, estuda o homem. A diversidade de objetos da Psicologia é explicada pelo fato de este campo do conhecimento ter-se constituído como área do conhecimento científico recentemente, a despeito de existir há muito tempo na Filosofia enquanto preocupação humana. O fato que dificulta trabalho do cientista ou pesquisador é que ele está inserido na categoria a ser estudada. Assim a concepção de homem que o pesquisador trás consigo “contamina” inevitavelmente a sua pesquisa em Psicologia. Por outro lado, essa diversidade de objetivos justifica-se porque os