Resumo
1. INTRODUÇÃO
Este artigo pretende mostrar a educação dentro de uma visão ética construtivista, na qual a escola procura não se configurar na ideologia e em seus usos organizativos e pedagógicos, como instrumentos de homogeneização e de assimilação à cultura dominante.
Algumas investigações comprovam que a escola não deve apenas ser autoritária e burocrática, pois as questões sociais influenciam no ato de ensinar e aprender. A pedagogia construtivista considera fundamental o direito a liberdade individual, a luta contra qualquer tipo de coação, propondo os interesses e as motivações pessoais como ponto de partida de todo o processo educativo, além disso, é fundamental uma preocupação ética no ambiente escolar. O professor deve assumir o papel de parceiro no processo de aprendizagem do aluno, influenciando de forma decisiva na qualidade do ensino e nas relações interpessoais que se estabelecem a partir da sala de aula. Nessa concepção, a questão da educação não poderá ser compreendida de maneira mecânica, desvinculada das relações entre escola e realidade histórica, pois essa relação dialética será a busca e a aplicação dos conhecimentos apreendidos sobre a realidade no sentido de transformá-la.
Por outro lado, a escola tradicional visa apenas o desenvolvimento intelectual, selecionando e elegendo os seus alunos de acordo com a visão reprodutora da sociedade, influenciando a formação dos alunos com conceitos já estabelecidos, concepção esta que é fruto da ciência moderna. Cabe o professor elaborar um método de ensino mais produtivo de aprendizagem dentro da ótica da construção do conhecimento. Nessa perspectiva, Santos ressalta:
[...] a identificação dos limites, das insuficiências estruturais do paradigma científico moderno é o resultado do grande avanço no conhecimento que ele propiciou. O aprofundamento do conhecimento permitiu ver a fragilidade dos pilares em que se funda. (2003, p. 41)
Nesse