Resumo
O pé torto eqüinovaro congênito é uma patologia complexa CUJB etiologia não foi ainda totalmente elucidada.
É a deformidade mais freqüente que envolve as articulações do tornozelo, subtalar e mesotársica. O pé apresenta-se com flexão plantar adução e inversão. Anatomicamente, o defeito primário é a subluxação medial e plantar do complexo articular talocalcâneo-navículo-cuboídeo que ocorre durante o desenvolvimento embrionário. Podendo ser unilateral ou bilateral.
Incidência
A incidência do pé torto congênito é de 2,17 casos para cada 1.000 nascidos vivos.
Etiologia
A etiologia do pé torto congênito ainda não foi descoberta. A grande variabilidade dessa anomalia no que se refere ao grau de deformidade, resistência ao tratamento clínico, presença de outras malformações associadas, acúmulo familiar e consangüinidade entre os pais nos conduzem a aceitar uma etiologia multifatorial.
Várias teorias surgiram com relação a etiologia, tais como:
- Teoria esquelética: o defeito primário estaria na deformidade dos ossos do retropé, principalmente o tálus;
- Teoria muscular: pesquisas com microscopia eletrônica revelaram alterações importantes nas fibras musculares dos pacientes portadores de pé torto congênito;
- Teoria neurológica: alterações primárias nos nervos periféricos seriam responsáveis pela ocorrência das deformidades;
- Teoria vascular: as anomalias arteriais em fetos e embriões seriam responsáveis por uma "crise vascular", determinando uma área de necrose na região no nó de Henry;
- Teoria da "parada do desenvolvimento: o pé permaneceria em seu estado embrionário desde o terceiro mês de gestação.
Todas essas teorias tentaram explicar o aparecimento do pé torto congênito, entretanto nenhuma delas conseguiu explicar todos os casos. Portanto, mais uma vez aceitamos que a etiologia do pé torto seja multifuncional.
O pé torto pode aparecer como deformidade isolada ou acompanhado de outras