Resumo
A Igreja Sob Suspeita
O poder da igreja católica era tão grande que os reis recorriam a seu apoio para governar. Com tanto poder a igreja se distanciou dos valores espirituais. Para a riqueza e os prazeres físicos tornaram-se mais importantes. Essa inversão de valores pois em xeque a credibilidade da instituição.
Com isso por volta do século XIV, a igreja vive uma crise. Além das disputas políticas, voltaram a pesar sobre a instituição denúncias de corrupção e outras acusações de ordem moral. Alguns filósofos cristãos influenciados pelo pensamento humanista passaram a responsabilizar a igreja e seus dogmas pela perpetuação da miséria e da ignorância na sociedade europeia.
Pensadores como John Wyclif (1324-1384) e John Huss (1371-1415), ambos sacerdotes dedicaram parte de suas vidas a crítica indignada da corrupção e da arrogância vigentes na hierarquia eclesiástica. Os dois foram acusados de heresia pela igreja e condenados a morrer na igreja.
Apesar da repressão da igreja, o movimento contrário às práticas consideradas imorais cresceu de forma continua. Assim, quando em 1517 no Sacro Império Romano-Germânico o monge Martinho Lutero (1483-1546) protestou contra o comportamento do alto clero e do papado, outras pessoas sentiram-se motivadas a fazer o mesmo. Esse movimento, que ficou conhecido como Reforma, tornou-se tão grande que provocou uma cisão na igreja.
Lutero Lidera a Reforma
Martinho Lutero era um monge agostiniano que lecionava teologia na universidade de Wittenberg, na atual Alemanha. Em abril de 1517, ele ouviu do frade Johann Tetzel, um discurso defendendo a venda de indulgencias. Convencido de que tal pratica não encontrava respaldo na bíblia, Lutero redigiu uma carta dirigida ao arcebispo onde formulou 95 teses. Dadas a conhecer as teses de Lutero logo tiveram o apoio de setores da população e de pessoas que queriam o enfraquecimento da igreja.
Em janeiro de 1521, Lutero foi excomungado pelo papa. Logo após o imperador Carlos