resumo
Para compreender o ser humano é necessário pesquisar como ele se constitui em um contexto sociocultural.
O homem também é um animal, mas um animal que difere dos outros por ser cultural. Os outros primatas podem ser considerados como entes protoculturais, pois transmitem hábitos através de gerações. O primata humano pode ser definido como um ser biológico antes de possuir o domínio da fala, mas pode-se considerá-lo nessa fase como tendo uma protocultura. Entram num processo cultural quando já dominam o uso da fala, o que as permite processar o simbólico contido nas instituições culturais. Não é possível deixar de considerar o aspecto biológico do ser humano, apesar deste ser histórico-cultural. O homem está no mundo por ter um corpo. Os neuropsicólogos tem demonstrado que as habilidades envolvidas na atividade humana supõem uma condição necessária, mas não suficiente e elementar, um sistema.
Indivíduo e sociedade O ser humano, ao nascer, traz consigo determinados comportamentos inatos, ligados a sua estrutura biológico. No decorrer de seu desenvolvimento, é moldado pela atividade cultural de outros com quem ela/ele se relaciona. A sociedade com suas instituições, crenças e costumes, não paira acima dos indivíduos, mas sim é constituída por indivíduos. Não se trata de colocar a sociedade acima do individuo ou o individuo como ser isolado acima da sociedade. O individuo histórico-social, que é também ser biológico, se constitui através da rede de inter-relações sociais. Cada indivíduo pode ser considerado como um nó em uma extensa rede de inter-relações em movimento. Não há, uma contradição entre individuo e sociedade. O individuo é um ser histórico-cultural que é constituído pelas interpelações sociais. Na sociedade ocidental atual, extremamente individualista e conflituosa, os indivíduos podem se representar como seres isolados em oposição a sociedade.
O individuo não é estranho a sociedade. A vida social supõe