Resumo
O autor relata que Jean Piaget se pôs a estudar a gênese do conhecimento, desde o pensamento infantil até o raciocínio adulto, tendo como perspectiva o evolucionismo Darwiniano onde guiava suas investigações acerca do desenvolvimento da inteligência, assim construindo seu próprio sistema teórico.
A adaptação das espécies animais é contrária da adaptação dos humanos ao seu meio social, já que respectivamente, a adaptação ao meio natural é oriunda de sua evolução biológica no decorrer da filogênese nos animais e nos humanos essa adaptação é mais baseada culturalmente do que biologicamente, onde o comportamento é estabelecido em esquemas de ação ou de representação adquiridos, elaborados pela pessoa a partir de sua existência individual e pode mudar de acordo com alguma meta intencional e assim formar diferentes níveis de estruturas de conhecimento, sendo a inteligência a função que forma essas estruturas. Onde no sistema piagetiano a inteligência é definida por dois aspectos interdependentes, a organização e adaptação. Ambos estão presentes em toda forma de inteligência, assim conhecidos como invariantes funcionais. O comportamento inteligente caracteriza-se exatamente pela capacidade de atingir metas semelhantes, variando a sequência de esquemas que condizem a ela.
Adaptando-se, as estruturas protegem-se das mudanças ambientais, em alguns casos a adaptação envolve um ajuste indivíduo-meio, destinado a organização prévia, sendo a adaptação realizada através dos processos de assimilação e acomodação, que tendem a equilibrar-se. A assimilação pressupõe a incorporação da experiência nova a esquemas de ação ou de conhecimentos novos, aplicando-se a esquemas preexistentes. Quando uma pessoa enfrenta uma experiência não assimilável, realiza um esforço para modificar seus esquemas e adquirir outros novos que o façam assimilar adequadamente novas realidades ou mais complexas, sendo o esforço a acomodação. O