Auto da barca do inferno Primeiro personagem é o fidalgo, representante da nobreza e do luxo, e que em vida foi tirano e vivia de luxúria. O diabo diz que aquela é sua barca e que ele deve entrar ali. Ele se recusa e diz que muitas pessoas rezam por ele. Ao pedir para entrar na barca do anjo que leva ao paraíso seu pedido é negado devido aos pecados que cometeu. Ele se dirige para a barca do inferno e tenta convencer o diabo a ver sua amada, porém o diabo revela que ela o enganava. O próximo personagem é o Onzeneiro, uma espécie de agiota da época, ele tenta convencer o anjo a deixá-lo ir para o paraíso mais o pedido é negado pois ele foi ganancioso e avarento. Ele tenta subornar o diabo, e diz que quer voltar para pegar toda a sua riqueza acumulada, porém o pedido é negado e ele entra na barca do inferno. Depois, vem Joane, chamado de Parvo, que significa um tolo e inocente, que vivia de forma simples. O diabo tenta enganá-lo para entrar na barca, mais quando ele descobre o destino corre para conversar com o anjo que por fim devido a sua humildade o autoriza a subir na barca. A próxima alma a chegar é a do sapateiro, que chega com todos os seus instrumentos de trabalho. Ele se julga trabalhador e inocente, por isso pede ao anjo para deixá-lo ir ao paraíso, o pedido porém é negado já que ele roubou e enganou seus clientes. Ele então entra na barca do diabo. O quinto a chegar é o frade, que segue em direção ao anjo convicto que por ser um membro da igreja ali é seu lugar. Mas ele chega com sua amante e é condenado pelo anjo por falso moralismo religioso, portanto deve ir para o inferno. Indignado ele segue seu destino. Brísida Vaz é a próxima, uma alcoviteira que chega até o anjo com o argumento de possuir seiscentos virgos postiços, que seriam hímens. Isso deixa a entender que prostituía meninas virgens. Ela é condenada por bruxaria e prostituição, e entra então na barca do diabo. Em seguida chega o Judeu, de nome Semifará, acompanhado de