resumo
O objetivo do texto é listar as atitudes docentes mais comuns, na prática pedagógica, que são incompatíveis com a missão transformadora que o magistério pode e deve desempenhar, avaliando a influência dos referidos tipos de professores no comportamento do educando. 1. O PROFESSOR DESANIMADO
Não chega a ser um relapso e até que tem muito do cumpridor técnico do dever, mas falta-lhe o brilho do entusiasmo pelo que faz: "tudo ficará como está, isso não passa de fogo de palha" 2. O PROFESSOR SAUDOSISTA
Desempenha a contento suas funções didáticas e apresenta relacionamento razoável com alunos e colegas de trabalho. Mas, a seu ver, a escola, se algum dia foi o que deveria ser, isso aconteceu nos velhos tempos da escola autêntica, hoje resta apenas o ensino do faz de conta. Diante de qualquer iniciativa ou promoção de reforma, ele, discretamente, permanece omisso: "não seria eu a mudar o mundo, quem entortou a escola que a conserte". 3. O PROFESSOR CRITIQUEIRO É, em geral, um exímio conversador e antenado com todas as leis e portarias acerca da educação. Nada escapa de sua análise minuciosa, mas só enxerga o lado negativo das coisas. Para ele, a escola é apenas. "um cabide de emprego para os divulgadores de banalidades culturais" 4. O PROFESSOR ALIENADO Faz do magistério um passa-tempo agradável. Se adapta a qualquer situação e está sempre indiferente aos problemas. Não vê, não ouve, não fala coisa alguma que o incompatibilize com a situação ou com o sistema. Sabe pôr a turma bem à vontade e, para ele, educar equivale a fazer a vontade dos educandos. 5. O PROFESSOR POLICIAL Por convicção ou por interesse, ele sempre toma partido a favor do sistema. Disciplinado ao extremo, serve até de regulador para o relógio da casa. Os alunos, ele os mantém ocupados em transportar a montanha de matéria e de atividades que propõe, já que a educação consiste em assimilar