Resumo
Silvio Cunha; Danilo Machado Lustosa; Nathan Dias Conceição; Miguel Fascio; Vinícius Magalhães
O artigo presente faz uso da técnica extração em aulas de Química Orgânica Experimental para extrair o óleo essencial do cravo-da-índia. Entretanto, fora do convencional da simples extração ele vai além, mostrando a importância de se recolher também alguns complexos intermediários deste processo, ou outras substâncias que são recolhidas ao final da destilação, dentre elas o furfuraldeído, ou simplesmente, furfural.
Para fins de análises dos resultados são feitas as confirmações das composições de cada intermediário no óleo essencial obtido. Neste caso temos o β-cariofileno e o Acetato de Eugenila, detectados por meio do espectro Infravermelho, mostrando que, juntos eles correspondem a 7% do óleo essencial; por meio da Cromatografia Gasosa detectaram-se o Eugenol e o Furfural. A composição do segundo não chegou a 1%, enquanto que o primeiro, como de fato, foi confirmado como componente majoritário do óleo e, que segundo a literatura confere sabor e aroma característicos inerentes ao cravo-da-índia.
Normalmente, em aulas experimentais, a obtenção de furfural é feita a partir do sabugo de milho. Entretanto, a vantagem de se utilizar o cravo em sua obtenção está no aproveitamento de um resíduo que seria descartado.
Dois procedimentos de obtenção do furfural foram desenvolvidos, um para aulas de curto prazo e outro para aulas de longo prazo. Primeiramente, em ambos os procedimentos, é necessária a lavagem do resíduo sólido de modo a evitar a obtenção do furfural contaminado com óleo essencial. Em seguida, o resíduo já lavado é tratado com solução de HCl 4M. Nesta etapa, podem-se empregar dois tempos de maceração. Em aulas de curto prazo, pode-se deixar o resíduo macerar por 30 minutos na solução de HCl. Em aulas de longo prazo, esse tempo pode ser