Resumo
Hewlett-Packard afastou Carly Fiorina, 50, do cargo de diretora-executiva da empresa, alegando desentendimentos entre a diretoria e uma das mulheres mais poderosas do mundo dos negócios.
"Lamento pelas diferenças que tenho com a diretoria sobre a execução de estratégias da HP, mas respeito a decisão", afirmou Fiorina em um comunicado. "A HP é uma ótima empresa e desejo a ela e seus funcionários muito sucesso no futuro".
Robert Wayman, diretor financeiro da companhia, assumirá interinamente o lugar até então ocupado por Fiorina.
Com o anúncio, as ações da HP subiram US$ 2,30, ou 11,4%, chegando a US$ 22,44.
De acordo com a agência norte-americana de notícias "Bloomberg", o motivo do afastamento foi a perda de mercado --e sua liderança no setor de PCs-- para a concorrente Dell e queda no preço das ações da HP.
Fiorina foi responsável pela compra da Compaq em 2002, uma ação considerada errada por muitos investidores. "Essa aquisição foi um fiasco desde o início", disse à "Bloomberg" o analista Jason Maxwell, do TCW Group. "A idéia era ganhar escala e reduzir custos, mas não foi o que aconteceu".
Em uma declaração dada no início de dezembro, Fiorina afirmou que o desempenho da empresa nos último anos foi prejudicado pela "inconsistência". "Devemos agora focar, como empresa e investimento, na execução dos projetos", afirmou na ocasião.
Corrida pela salvação. No momento em que a crise pela qual a empresa passa pode ser percebida por todos, a empresa busca uma “bala de prata” que possa salvá-la da ruína – uma fusão mágica ou um novo presidente contratado a peso de ouro. Exemplo: Em 1988, depois de cinco trimestres “patinando”, a HP contratou a americana Carly Fiorina, eleita pela revista Fortune como a executiva mais poderosa do mundo, para comandá-la. Carismática, Carly tomou decisões arriscadas, como a compra da concorrente Compaq, em 2002. A fusão não deu resultado e ela foi demitida três